Última atualização 2025
O que é Bullying
Bullying é uma palavra de origem inglesa que significa ameaçar, agredir ou intimidar alguém. Pode ser definido como agressão verbal, material, sexual, virtual e psicológica de maneira intencional e recorrente, e com desequilíbrio de forças, ou seja, entre um aluno mais forte fisicamente com um menos forte ou mais velho com um mais novo, ou um mais arrojado com um mais tímido etc. Os acontecimentos entre pares devem ser tratados, pelo menos a princípio, como conflito. O bullying é classificado como:
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- Direto físico (bater, tomar ou estragar pertences);
- Direto verbal (insultar, colocar apelidos pejorativos que se relacionem com defeitos físicos ou outras deficiências e atitudes de discriminação);
- Indireto (excluir, discriminar, espalhar boatos para denegrir a imagem seja presencialmente ou utilizando a internet e suas tecnologias – cyberbullying – o que pode ser motivo de processo com uma única postagem).
Os verbos que comumente caracterizam ações de violência psicológica são: apelidar, ofender, zoar, provocar, sacanear, humilhar, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, dominar, ridicularizar. Em relação às ações de violência física são: agredir, apertar, bater, beliscar, chutar, cuspir, morder, empurrar, ferir, roubar ou quebrar pertences.
Os envolvidos na prática do Bullying são:
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- Alvos de bullying ou Vítimas (os que sofrem as ações de bullying);
- Autores de Bullying ou Agressores (os que praticam/iniciam as ações de “provocação” de bullying contra os alvos);
- Espectadores ( aqueles que testemunham as ações dos agressores contra a vítima, mas não se posicionam adequadamente diante do problema se omitindo e, às vezes, até participando).
Ações iniciais da Escola nas Intervenções Antibullying:
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- Escutar ativamente o aluno Autor (agressor), que precisa mais falar do que ouvir, permite ao mediador compreender as causas do comportamento Bully e deve promover no Autor a autorreflexão e sua responsabilização pela dor causada à vítima devendo produzir as seguintes ações:
- Apresentar suas justificativas;
- Verificar a possibilidade de reparar seus erros;
- Assumir a necessidade de mudanças, como em um contrato de intenções.
- O estudante Alvo deve ser ouvido proporcionando uma sensação de acolhimento, respeito aos seus anseios e dificuldades, promovendo a exteriorização dos seus pensamentos, possibilitando uma reorganização e melhor percepção do problema enfrentado.
Idealmente, a vítima será ouvida primeiro e depois o agressor. Se for um grupo de agressores, eles devem ser ouvidos separadamente.
O mediador deverá fazer um resumo dos fatos ocorridos. Deverá manter uma atitude de respeito e interesse sem críticas. Deve também ouvir e considerar as sugestões dos alunos para os problemas apresentados. Se as sugestões forem ruins, o mediador deverá questionar quais seriam as consequências, caso a sugestão fosse aceita. Finalmente, cada aluno deverá se comprometer em adotar a solução encontrada.
Procedimentos da ECJ no combate ao Bullying:
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- Treinamento com os professores e colaboradores ministrados por profissionais especialistas na área.
- Trabalho de conscientização com ações educativas promovendo o aprendizado e a reflexão sobre o tema engajando o corpo docente e discente com objetivo preventivo. O processo de aprendizado não deve passar pela reprodução de casos, mas colocar o foco na superação e estimular as mensagens de solidariedade, amizade e respeito. Rodas de conversas, apresentação de vídeos, aulas e palestras são recursos que podem ser utilizados para esse fim.
- Colocação e divulgação de normas claras sobre os procedimentos da ECJ para possíveis casos.
- Estimular os “espectadores” a procurarem a coordenação sobre qualquer conduta irregular.
- O ato em desacordo com as normas estabelecidas será tratado conforme Conduta Escolar – documento constante na Agenda do Aluno e Contrato de Prestação de Serviços assinado pelos pais.
- As informações serão disponibilizadas para a família através do sistema de comunicação entre escola e pais no primeiro acontecimento e através de reunião, caso seja necessário.
- Será feito o preenchimento da Ficha de Acompanhamento para registro dos fatos ocorridos e as providências tomadas pela escola. A intervenção ou mediação poderá ser feita, no primeiro momento, pelo professor, que deverá evitar “sermões”, mas privilegiar métodos que provoquem a reflexão ativa no aluno. A Coordenação deverá ser informada sempre que houver necessidade de alguma intervenção e o fato devidamente registrado. Não pode haver tolerância para esse tipo de comportamento.
- Disponibilização do atendimento da Capelania Escolar, trabalho exercido por profissional competente, para os alunos envolvidos em algum possível processo de bullying para ações de prevenção ou intervenção, reiterando que bullying não é brincadeira, é um ato de violência, tantas vezes quantas forem necessárias, pois um comportamento não é mudado com apenas uma conversa.
- Interação da escola com a família para planejamento de ações em comum acordo para a solução do problema.
- Encaminhamento para profissionais específicos conforme necessidade de cada caso (psicólogo, neuropediatra, psiquiatra ou outros).
- Para os casos em que os recursos citados acima não forem eficazes, apelar-se-á para o Conselho Tutelar.
Resumindo, a Escola irá trabalhar continuamente na prevenção, na identificação e na intervenção imediata sempre que algum caso for informado.