O contato atual com o épico

Durante o segundo bimestre, os alunos do oitavo ano estudaram o gênero textual epopeia nas aulas de redação. O gênero, basicamente, conta épicas histórias de heróis enfrentando adversidades e vivendo aventuras, a fim de honrar sua pátria; o diferencial, porém, é que o texto é completamente escrito em versos rimados e estrofes.

Após o longo estudo do gênero, entendendo rimas, musicalidade, cantos, versos, estrofes; fazendo leituras e escuta de clássicos, como Lusíadas; interpretando os textos da apostila; os alunos finalmente teriam oportunidade de escrever sua própria história.

A professora pediu que se separassem em grupos de cinco ou seis pessoas. O grupo criaria um herói, que tivesse origem brasileira (com influência portuguesa, indígena ou africana), sua divindade e um ser místico, e a aventura que enfrentaria. Cada integrante ficaria responsável por uma parte da epopeia (um canto). O conjunto dos cantos deveria incluir uma apresentação da personagem, o momento inicial de aventura, a dedicatória (a quem a história estava sendo contada), o clímax, o chamamento da divindade, a aparição de uma criatura mágica, e a resolução da aventura.

Os estudantes, após passarem duas semanas decidindo os pormenores de sua história, produziram, individualmente, seu canto, como avaliação bimestral.

Após correção e análise, cada aluno leu seu canto para a classe, em roda, e os cantos, em ordem, formaram a epopeia do grupo.

Apesar da inicial inibição para contar suas criações, os alunos ficaram felizes em poder compartilhar suas epopeias, percebendo que é possível contar histórias e rimar. Seu vocabulário foi estendido e, em conjunto, conseguiram encontrar, dentro de suas imaginações, personagens épicas!

Profª Daniela Oliveira