Tony Felício

Reconhecer a própria identidade é uma necessidade básica de qualquer ser humano. As escolhas que fazemos dependem do quanto sabemos quem somos e aonde queremos chegar. A priori, nosso Deus, o Criador, é quem nos define. Ele disse que tem pensamentos maravilhosos a nosso respeito, pensamentos para nos dar esperança e um futuro (Jeremias 29.11).

O primeiro elemento de reconhecimento da identidade é evidente mesmo antes do nascimento. É menino ou menina? Essa é a pergunta que muitos pais fazem quando realizam o exame de ultrassom e logo descobrem quem é a criança. As influências do ambiente, em que essa criança vai crescer, podem ajudá-la a descobrir o que significa ser homem ou ser mulher, ou distorcer a verdade sobre isso.

Ser alguém também implica em reconhecer-se no seu contexto mais íntimo de vida. Esse é o meio que deve oferecer à criança as primeiras e mais marcantes referências de sua identidade.  Por isso, Deus criou a família com marido e esposa (Gênesis 2.21-24), pai e mãe, para que elas tivessem um ambiente equilibrado, descobrissem quem são e vivessem de acordo com o propósito para o qual foram criadas. A pertença vem antes da identidade. Todos nascemos com uma profunda necessidade de pertencer a alguém. Isso está ligado à nossa necessidade de Deus. Criados por Ele, deveríamos viver em Sua presença e sob Seu governo. Isso nos traria completa paz e alegria. Deus é bom e todos os seus princípios são iguais a Ele. Como o ser humano se rebelou, tornou-se escravo de muitos enganos. Deus enviou seu Filho para nos comprar, nos adquirir com o preço do Seu precioso sangue. Todos os que creem n’Ele e o seguem têm o privilégio de pertencer a Ele e usufruir de Sua presença. Quem está longe de Deus, quem rejeita seu exigente amor, vive sem saber de quem é e, por isso, sem saber sua verdadeira identidade. É assim que muita gente tem acreditado em mentiras, experimentado coisas ruins e achado que são boas. Vivemos em um mundo incoerente: homens e mulheres confusos, famílias desestruturadas que geram crianças perdidas e adolescentes vulneráveis.

Como pais, temos a oportunidade e o privilégio de conhecer o que Deus pensa sobre cada um de nossos filhos (“Procurem a ajuda de Deus enquanto podem achá-lo; orem ao Senhor enquanto Ele está perto.” Isaías 55.6). Nosso principal objetivo deveria ser ajudá-los a ser quem foram criados para ser. Eles precisam ter convicções mais fortes que as dúvidas que são lançadas sobre eles. Precisamos conhecer cada um deles da perspectiva de Deus e jamais permitir que sejam confundidos.  Crianças e adolescentes são altamente influenciáveis. Isso é uma característica perigosa, mas não necessariamente ruim. A questão é quem mais os influencia. É tempo de assumirmos a responsabilidade que nos caracteriza como pais. Nossos filhos tendem a admirar e a imitar quem mais os influencia. Nós os temos e amamos melhor do que qualquer um pode amar. Eles nos observam, sejamos os melhores modelos que eles irão encontrar. Assim, exerceremos uma poderosa influência sobre eles. Eu quero que meus filhos pertençam a Quem deu a vida por eles. Quero que sejam exatamente como foram planejados pela brilhante mente criadora do universo. Quero que sejam tão supridos de amor, que amem a Deus com toda força, alma e entendimento. Estão comigo nessa fé?

 

Parte 1: Para os pais:

  1. Quem são meus filhos? Pergunte a Deus e escreva três características que definem cada um de seus filhos.
  2. Aonde eles devem chegar? Agora, pergunte a Deus para que ele criou cada um de seus filhos, qual a missão deles, reflita e escreva sobre isso.
  3. Como podemos ajudar? Escreva passos que vocês, como pais, precisam dar para que eles sejam de acordo com o que ouviram de Deus.

 

Parte 2: Para pais com seus filhos:

  1. Ao redor da mesa, pergunte a seus filhos como eles veem vocês. Depois pergunte como eles se veem. Ouçam e conversem sobre isso.
  2. Agora, tenha uma boa conversa sobre como Deus os vê. Para isso precisarão ter respondido às questões da primeira parte.