Melhores Práticas LEM

Em 2017 dei aula para uma sala de 2º ano, na Escola Cristã Jundiaí, onde havia um aluno chamado Benício. Nesse estágio, os alunos aprendem a fazer redação, passam a conhecer os parágrafos, as margens, a estrutura de um texto, qual a melhor forma de iniciar e de terminar um texto etc. Com isso e com a minha paixão por livros e histórias, o Benício desenvolveu o gosto de escrever. Hoje, após dois anos, passo a colher os frutos que plantei naquele ano.

Todos os dias, no intervalo, o Benício vem ao meu encontro para me cumprimentar e bater um “papinho”. Ele sempre tem uma novidade, uma história ou um livro para contar, pois está escrevendo livros: o 1º é sobre um super-herói e o 2º, sobre a Terceira Guerra Mundial.  Um dia ele me disse que faria o 3º livro especialmente para a faixa etária dos meus alunos, que são do 1° ano.

E ele veio, trouxe o livro, “O Rei”, uma historinha bonitinha, curta (afinal são para alunos de 6 anos), ilustrada, com começo, meio e fim, com parágrafos,  margens regulares, letra legível e tudo o que foi ensinado  em 2017. Não consigo expressar como meu coração se encheu de alegria naquele dia, logo pedi para que ele lesse para os alunos, para ele ter o gostinho de receber os elogios tão merecidos, para dar exemplo de proatividade, empenho, criatividade, empatia, amor… Ao final eu o presenteei com um simples prêmio, mas que o fez ficar tão feliz que ele quis me retribuir, deu-me o livro “O Rei” autografado. Ah, mal sabia ele que eu já estava recompensada com o fato de vê-lo produzir, fazer a diferença.  Meus escritores preferidos são meus alunos.

Alunos são como filhos, queremos o melhor para eles, queremos vê-los crescendo, desenvolvendo-se. É impossível não ter a sensação de “dever cumprido”.