Ninguém gosta da burocracia. Um documento para ser considerado válido precisa ser assinado e ter firma reconhecida.  A verdade para ser considerada como tal, precisa de uma confirmação. Isso é um símbolo de como nos tornamos uma sociedade em que os compromissos são frágeis e a mentira é cultural.

Quantas mentiras são contadas e consideradas verdades? Se for algo muito difundido, que muita gente repete, ganha poder de mito e torna-se objeto de crença quase religiosa. Nossos filhos ouvem mentiras durante todo o tempo. Inverdades sobre a moral, a ética e os relacionamentos. Pior ainda, sobre eles mesmos. Diante do pluralismo em que estamos imersos, tem se tornado comum eles perceberem que nem tudo que se ouve ou se vê deve ser aceito como verdade. Isso os leva a buscar um “cartório emocional” em que podem receber o carimbo de verdadeiro ou falso a respeito de quem são e do que devem escolher. Esse lugar precisa ser a família.

Não podemos dar a outros o privilégio de proteger, guiar e nutrir nossos filhos com a verdade. Os livros didáticos tentam, a mídia insiste e os colegas confirmam o que a moda diz, mas não o que eles realmente devem acatar. Quando Deus nos deu filhos, contava que continuaríamos recebendo dele os recursos para cuidar deles. Na verdade, Pai mesmo é ele. Recebemos o privilégio de ajudar nossas crianças a conhecerem e a seguirem seu Pai Eterno. Infelizmente, num mundo em que pessoas  se esquivam de Deus, muitas são induzidas a se afastar dele e não sabem mais onde está a verdade. Ele desenhou e executou essas obras de arte vivas que concebemos. Ele sabe quem nossos filhos são e para que vieram. Ele tem as respostas e o poder de realizá-las. E para nos animar, ele está disposto a nos mostrar e a nos incluir em sua maneira de agir.

Quando um filho chega em casa fazendo uma afirmação, não significa que devemos aceitar como um fato consumado. Ele está procurando uma afirmação além da que está martelando em sua mente. É hora de perguntarmos se aquela afirmação é coerente com o que Deus pensa. Se for, podemos reafirmar, senão, não é boa, por isso precisamos ajudá-lo a refutar.

Essa geração de filhos criados entre iguais e não com as referências de pai e mãe, que lhes são modelo, clama para que ocupemos nosso lugar.

– Pai, meu colega disse que pegou uma menina da classe dele e foi muito legal!.

– Filho, meninas são pessoas e muito especiais. Você, como homem, precisa protegê-las de pensamentos como esse e de meninos como esses. Homens de verdade não pegam mulheres, mas as protegem e as fazem se sentir seguras.

O diálogo acima é um exemplo de cartório emocional. Pais e mães, alinhados com o que Deus, o Pai, pensa, têm o poder de gerar filhos que amam a verdade e fazem dela sua escolha em qualquer escola. Burocracias à parte, carimbemos a verdade e rasguemos de nossas mentes o que é falso.

 

Para pensar em família:

  1. De onde vêm as nossas convicções, do que Deus pensa ou do que outros pensam?
  2. Quando conhecemos uma determinada maneira de pensar, aceitamos ou refletimos para descobrir se é realmente verdade?
  3. Em nossa casa, Deus é Deus ou é apenas uma figura sem influência sobre nossa maneira de pensar e agir?
  4. Que pensamentos nossos filhos trouxeram e precisamos refutar e ensinar o que realmente é a verdade?

 

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Um grande abraço,

Tony Felicio

 Professor de Valores Para Vida