A princesa das Olimpíadas

Maria Júlia Pavanello

 

Estava nervosa. Havia se preparado a vida toda para aquele momento. Será que ela iria levantar a bandeira do Brasil no fim de toda essa angústia? Todos já tinham dito para que ela ficasse calma. Só que esse é o problema. Como ficar calma representando o Brasil na natação feminina nas Olimpíadas?

Além de tudo isso, seu pai, um dos melhores nadadores de todos os tempos, acreditava que sua primogênita iria seguir seu rumo e representar sua família. Que responsabilidade! Já estava acostumada com paparazzi, já que desde sempre, por ter pais famosos, a mídia acompanhou seu crescimento. Mas agora o motivo não era a fama de seus pais, e sim sua meta para com o Brasil.

E se algo der errado? E se sua meta não for cumprida? E se. Não havia mais tempo para dúvidas!

– Ariel!  – seu treinador a chamou. – É agora.

– Vamos lá.

Não deu tempo de questionar mais nada, porque depois a única coisa que ela ouviu foi o apito dando o início a competição.